Os empresários com sigilo afastado no período compreendido entre julho de 2018 a abril deste ano são: Luciano Hang, dono das lojas Havan; Edgard Gomes Corona, fundador e CEO da rede de academias Smart Fit; o humorista Reynaldo Bianchi Júnior (conhecido como Rey Bianchi); e Winston Rodrigues Lima, criador do Bloco Movimento Brasil e dono do canal do Youtube ‘Cafézinho com Pimenta’. Todos apoiam o presidente Jair Bolsonaro.
Segundo o ministro, toda a estrutura, chamada de “gabinete do ódio”, “está sendo financiada por um grupo de empresários que, conforme os indícios constantes dos autos, atuaria de maneira velada fornecendo recursos (das mais variadas formas), para os integrantes dessa organização”.
O ministro relatou na decisão que há informações que os empresários investigados no inquérito integram um grupo de WhatApp com o nome “Brasil 200 Empresarial”, "em que os participantes colaboram entre si para impulsionar vídeos e materiais contendo ofensas e notícias falsas com o objetivo de desestabilizar as instituições democráticas e a independência dos poderes".
No documento, Moraes incluiu um print que seria do grupo no qual o empresário Edgard Corona teria enviado publicações que atacam o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e escrito: "Temos de impulsionar estes vídeos. Precisamos de dinheiro para incestir (investir) em mkt (marketing)".
A decisão faz parte do inquérito e que resultou nesta quarta-feira (27/5) em uma operação da Polícia Federal que cumpriu 29 mandados de busca e apreensão, tendo os empresários como alguns dos alvos. Moraes pontuou que as publicações que ameaçam e divulgam informações falsas sobre os ministros são “inúmeras e reiteradas quase que diariamente”. “Há ainda indícios que essas postagens sejam disseminadas por intermédio de robôs para que atinjam números expressivos de leitores”, pontuou.