Politica

General Heleno contradiz versão de Bolsonaro sobre facada na campanha

Numa rede social, Heleno deixou a entender que não acredita que houve um mandante para o crime

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general da reserva Augusto Heleno,  contradisse, nesta terça-feira (26/5), a versão repetida várias vezes pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que a facada que recebeu de Adélio Bispo em 2018 teve um mandante. Em um ataque a Ciro Gomes (PDT-CE) publicado no Twitter, Heleno disse que o ex-ministro é um “caso igual ao Adélio, inimputável por ser débil mental”.

“Ciro Gomes, que eu mal conheço e considero um canastrão, publicou um vídeo com uma série de ofensas a mim. Não vou responder, porque o considero um lixo humano, nem vou processá-lo, por ser um caso igual ao Adélio, inimputável por ser débil mental”, escreveu.

Em maio, a Justiça declarou que Adélio Bispo é inimputável, ou seja, não pode ser responsabilizado criminalmente por seus atos. De acordo com perícia, Adélio tem transtorno delirante persistente.

A decisão foi tomada pela Justiça após ação para comprovação de insanidade mental protocolada pela defesa do acusado.

Bolsonaro, mesmo não tendo recorrido da decisão,  repete com frequência que existem supostos mandantes do ataque, mas ainda não foram encontrados.

Saiba Mais

Em seu pronunciamento sobre a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça e de Maurício Valeixo da direção-geral da PF,ele disse: “Será que é interferir na Polícia Federal quase que exigir e implorar a Sergio Moro que apure quem mandou matar Jair Bolsonaro? A Polícia Federal de Sergio Moro mais se preocupou com Marielle do que com seu chefe supremo. Cobrei muito dele isso aí. Não interferi”.

“Eu acho que todas as pessoas de bem no Brasil querem saber, e entendo, me desculpe seu ex-ministro, entre meu caso e o da Marielle, o meu tá muito menos difícil de solucionar”, acrescentou o presidente.