"Eu acho que talvez haja um certo exagero nesse risco. Eu presto atenção nas manifestações e, no geral, é uma minoria muito pequena, pouco significativa. São manifestações às vezes de extrema direita em algum grau de irracionalidade, mas acho que, numa democracia, se é uma manifestação sem violência, de pessoas privadas, eu acho que é legítima, lustra a Constituição e acho que elas são relativamente desimportantes", disse Barroso em entrevista ao Correio e à TV Brasília.
O ministro, entretanto, ponderou, sem citar nomes, que as mesmas manifestações se tornam graves quando partem de algum agente público. "Elas se tornam graves, ou se tornariam graves, na medida em que viessem a ser endossadas por agentes públicos. Particulares podem apoiar o fechamento do Congresso e do Supremo — que eu lamento, acho que é um equívoco e felizmente são alguns gatos pingados —, mas, evidentemente, quem jurou respeitar a Constituição não pode fazer isso. Portanto agentes públicos não podem defender golpe de Estado nem fechamento de outros poderes. Na medida em que houvesse a adesão de agentes públicos, eu consideraria gravíssimo", afirmou (assista abaixo).