"Sabiam do problema do governador que queria minha cabeça a todo custo. Que o objetivo dele é ser presidente da República e, para isso, tinha que destruir a mim e minha família... O tempo todo vivendo sob tensão. Possibilidade de busca e apreensão em casa de filhos meus, onde provas seriam plantadas. Graças a Deus eu tenho amigos policiais civis e militares no Rio de Janeiro, que me falam do que estava sendo armado para cima de mim", revelou Bolsonaro a jornalistas, em frente ao Palácio da Alvorada.
Na sequência, o presidente criticou o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, e disse que era "obrigação" dele defendê-lo. "Moro, eu não quero que me blinde, mas você tem a missão de não deixar eu ser chantageado. Nunca tive sucesso para nada. É obrigação dele me defender. Não é me defender de corrupção, de dinheiro encontrado no exterior. Não, é defender o presidente para que possa trabalhar, possa ter paz", disse.
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“Informação pessoal? É um colega de vocês da imprensa, é um sargento no Batalhão de Operações Especiais no Rio, é um capitão do Exército, é um policial civil em Manaus, é um amigo que eu fiz que gosta de informações, liga pra mim, mantém contato no zap”, comentou Bolsonaro.
Furna da Onça
No momento, o STF investiga as acusações feitas pelo empresário Paulo Marinho de que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) soube com antecedência que a Polícia Federal iria deflagrar a operação Furna da Onça contra Fabrício Queiroz, acusado de integrar um esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) quando ele era assessor do filho de Bolsonaro.
O senador teria sido alertado por um delegado da PF, entre o primeiro e o segundo turnos das eleições de 2018, que a operação a ser deflagrada tinha informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre a movimentações financeiras de R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz. Dessa forma, para não comprometer a corrida à Presidência de Bolsonaro, a ação foi propositalmente postergada, garante Marinho.