A reunião "revela nitidamente como Bolsonaro e seus ministros desprezam as instituições e o povo brasileiro", concordam os líderes do PT, do PCdoB, do PSol, do PSB, do PDT e da Rede na Câmara. "O processo de impeachment de Bolsonaro deve ser aberto o mais rápido possível, para a retirada de um presidente incapaz, irresponsável e danoso ao país", diz a nota.
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O grupo de deputados ressaltou ainda "o baixo nível dos integrantes do atual governo", que agem, na visão deles, "como bárbaros". "Jogam a República no caos, desrespeitam as leis, as instituições e ignoram a Constituição", diz o documento. Para a oposição, "o vídeo desfaz qualquer legitimidade do atual governo no comando dos destinos da Nação".
Ataque ao STF
No documento, eles também classificam como "ataque inaceitável" ao STF a nota divulgada mais cedo, também nesta sexta, pelo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, na qual menciona "consequências imprevisíveis" se celular de Bolsonaro for apreendido.
"O presidente da República e o general Heleno não percebem que nenhuma autoridade está acima da Constituição e das leis. As manifestações do general, contrárias aos preceitos democráticos, não são novidade e se colocam em sintonia com a postura do presidente da República, que há tempos demonstra seu pouco apreço pela democracia", diz a nota.
O documento foi assinado pelos deputados José Guimarães (PT-CE), líder da Minoria; André Figueiredo (PDT-CE), líder da Oposição; Alessandro Molon (RJ), líder do PSB; Enio Verri (PR), líder do PT; Perpetua Almeida (AC), líder do PCdoB; Wolney Queiroz (PE), líder do PDT; Fernanda Melchionna (RS), líder do PSol; e Joenia Wapichana (RR), líder da Rede.