Politica

"Morre mais gente de pavor", diz Bolsonaro sobre covid, que matou 20 mil

"Morre mais gente de pavor do que do ato em si. A vida taí, a gente vai morrer um dia", disse Bolsonaro, em liva na internet

Correio Braziliense
postado em 21/05/2020 20:10

Praticamente ao mesmo tempo em que o Ministério da Saúde anunciava que o número de mortes no país pela covid-19 no Brasil passou dos 20 mil, o presidente Jair Bolsonaro afirmava, em live pela internet, nesta quinta-feira (21/5), que é preciso se cuidar, mas que "morre muito mais gente de pavor do que do ato em si". 


"Tem que se cuidar. Eu estou com 65 anos tenho que cuidar de mim mesmo, (de) minha mãe que está viva. E toca o barco. É a vida, é a realidade. Morre muito mais gente de pavor do que do ato em si. Então o pavor também mata, leva ao estresse, ao cansaço, a pessoa não dorme direito, fica sempre preocupada, (pensando) 'se esse vírus pegar vou morrer'", disse o presidente (assista abaixo).

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Bolsonaro afirmou ainda que adiou a viagem que faria para o Vale do Ribeira, região onde cresceu, para evitar riscos de contaminação da sua mãe. "Ia ter aglomeração. Vai que eu visito minha mãe e ela pega coronavírus. Iam dizer que eu infectei minha mãe", disse. 


Cloroquina

Bolsonaro defendeu mais uma vez o uso da cloroquina como tratamento para a covid-19, mesmo sem comprovação científica de que a droga funciona para infectados pelo novo coronavírus. "Sabemos que não tem comprovação, mas tem muitos relatos médicos. Muitos hospitais particulares têm receitado. Eu sei que não sou médico, mas temos que dar uma esperança", explicou. 

 

O presidente lamentou o requerimento do PT que pediu o cancelamento do novo protocolo do Ministério da Saúde sobre uso da medicação. O partido soliciou que o governo federal não seja autorizado a “indicação e promoção” do uso de medicamentos que não tenham eficácia comprovada no tratamento da covid-19.

"A lamentar um grupo de senadores do PT que entraram com um requerimento para que o nosso entendimento deixe de ser válido. Quer fazer com que o pobre não tenha acesso a cloroquina. O protocolo do ministro anterior do anterior só poderia fazer uso em casos graves", disse em referência ao ex-ministro Luiz Henrique Mandetta.

 

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