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Flávio Bolsonaro passou R$ 500 mil a suspeito no caso Queiroz, diz jornal

Escritório de advocacia teria sido contratado em 2019 a pedido de Flávio Bolsonaro pelo PSL, partido pelo qual o senador se elegeu no ano anterior

A pedido do senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, o PSL contratou o escritório de advocacia de um ex-assessor que está envolvido no suposto vazamento de informações da operação Furna da Onça. De acordo com a Folha de S. Paulo, o escritório recebeu R$ 500 mil do fundo partidário da legenda.

A contratação teria ocorrido em 2019, com duração de 13 meses. Tanto Flávio quanto o presidente Jair Bolsonaro se elegeram pelo PSL. De acordo com notas fiscais da prestação de contas repassadas à Justiça Eleitoral, o escritório Granado Advogados Associados, do qual o advogado Victor Granado Alves é sócio, foi contratado para prestar serviços jurídicos ao diretório do Rio, comandado por Flávio.

Os repasses mensais seriam de R$ 40 mil. O PSL informou que houve recisão de contrato em janeiro deste ano, mas que uma das cláusulas determinava que os serviços seriam suspensos após 60 dias. O advogado Victor Granado Alves é investigado no suposto esquema de "rachadinha" no gabinete de Flávio quando ele era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Saiba Mais

Além disso, ele foi citado pelo empresário Paulo Marinho, que afirmou, em entrevista à Folha, que a Polícia Federal informou a Flávio sobre uma operação que ocorreria contra Fabrício Queiroz, ex-assessor acusado de recolher dinheiro de propina para o senador. Victor teria sido um dos assessores que receberam o delegado para tratar da operação.