Politica

MPF pede reabertura de investigação sobre vazamentos na PF do Rio

Órgão quer saber se corporação informou senador Flavio Bolsonaro sobre investigações contra Fabrício Queiroz

Correio Braziliense
postado em 18/05/2020 21:06
O objetivo é saber se a corporação vazou informações da operação deflagrada contra Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio BolsonaroO Ministério Público Federal (MPF) abriu um procedimento investigativo criminal para Policia Federal na Operação Furna da Onça, deflagrada em 2018. Além disso, o órgão pediu à Justiça Federal que seja desarquivado um inquérito que foi aberto para apurar vazamento de informações na superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro. O objetivo é saber se a corporação vazou informações da operação deflagrada contra Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro.

No ano passado, a PF arquivou o caso apontando que não havia evidências de irregularidades. O alvo agora é o delegado citado pelo empresário Paulo Marinho, que teria informado a Flávio sobre a ação, e atrasado as investigações para não prejudicar a campanha do presidente Jair Bolsonaro.

O procurador da República Eduardo Benones, que assina a peça que pede o desarquivamento, argumenta que “há notícias de novas provas que demandam atividade investigatória”. As diligências serão conduzidas pelo setor de Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público. “As investigações do controle externo visam descobrir se policiais federais vazaram informações sigilosas para privilegiar quem quer que seja. Caso fique comprovado qualquer vazamento, mesmo uma simples informações, os policiais responsáveis podem ser presos e até perder o cargo por improbidade”, afirma Benones, Coordenador do Controle Externo da Atividade Policial do MPF/RJ.    

Saiba Mais

Um membro do Ministério Público Federal (MPF) disse ao Correio que as declarações de Marinho podem ser uma prova que validaria o que está sendo investigado, sobre possível influência de Bolsonaro na Polícia Federal, reforçando a tese de que o presidente teria a intenção de controlar a PF no Rio para proteger um dos seus filhos, Flávio.

No entanto, o desejo de influenciar não configura crime, mesmo que o superintendente na época tenha sido trocado (ainda que não tenha sido o nome que o presidente queria). É preciso apurar, como pontuado por este servidor, se houve cometimento de crime - ou seja, algum ato ou omissão por parte do presidente que tenha extrapolado o ato preparatório.



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