Politica

Fenapef pede investigação sobre vazamento de operação a Flávio Bolsonaro

Empresário Paulo Marinho revelou que delegado informou ao senador Flávio Bolsonaro de operação que mirava Fabrício Queiroz

A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fepapef) afirmou, em nota, nesta segunda-feira (18), que as denúncias feitas pelo empresário Paulo Marinho, de que um delegado adiantou ao senador Flavio Bolsonaro que o ex-assessor dele, Fabrício Queiroz, seria alvo de uma operação, "atingem em cheio a credibilidade" da corporação. Além disso, de acordo com as declarações de Marinho, feitas à Folha de São Paulo, uma ação da PF teria sido atrasada para não prejudicar a campanha do presidente Jair Bolsonaro, em 2018.

De acordo com a Fenapef, é necessário apurar as denúncias para destacar que a corporação sempre cortou "na própria carne" para preservar o respeito conquistado junto aos brasileiros. "A suspeita de que um delegado possa ter vazado informações confidenciais sobre uma operação e, pior, de que o início dessa mesma operação tenha sido adiado, para beneficiar quem quer que seja, atinge a credibilidade de uma instituição tida como uma das mais sérias do País", informou a Fenapef.

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Ainda de acordo com a entidade, "não há expirito de corpo" capaz de justificar a defesa de quem descumpre a ética, a moral e viola a lagislação. "Por acreditar e defender esses princípios, a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) pede uma investigação rigorosa das denúncias, para que não paire qualquer dúvida sobre a correção da corporação que defendemos todos os dias, arriscando nossas vidas e, neste momento de pandemia, nossa saúde e a de nossos familiares", completa a nota.