Enquanto o governo federal está prestes a flexibilizar as normas para permitir a utilização da cloroquina em larga escala em pacientes infectados pelo novo coronavírus, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, se mostraram favoráveis ao uso da substância no tratamento de pessoas acometidas por covid-19, mesmo que nenhum estudo tenha comprovado a eficácia do medicamento no combate à doença.
Segundo Damares, “é direito do paciente ter acesso ao remédio". “Ninguém é obrigado a tomar cloroquina, então aqueles que não acreditam no remédio façam agora uma declaração falando 'eu não quero tomar, e meu filho está proibido de tomar'. Faça só isso, ninguém é obrigado a tomar cloroquina, mas, antes de fazer a declaração, procure as outras correntes da ciência que estão defendendo que o remédio adicionado ao coagulante está dando certo. Vamos entender que a ciência tem correntes", comentou a ministra nesta sexta-feira (15/5), durante evento no Palácio do Planalto em alusão aos 500 dias de governo do presidente Jair Bolsonaro.
Ela garantiu que o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos está sendo acionado “o dia inteiro de brasileiros que querem ter o direito de escolher se tomam ou não tomam”. É direito do paciente dizer se toma ou não toma. Então é direito do paciente ter acesso ao remédio. Os médicos querem autonomia médica no Brasil garantida para prescrever porque eles acreditam no remédio, é simplesmente isso. Quem não acredita, não toma. Quem acredita e está vendo os inúmeros testemunhos no Brasil e no mundo e correntes da ciência defendendo, toma. São direitos humanos sendo garantidos", defendeu Damares.
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Além disso, Guedes disse que “se você não quer esse remédio, você diz que não quer”. “Da mesma forma, se você é um cidadão saudável, informado e quer sair de casa, é um direito seu sair de casa. Você não pode ser preso, derrubado e algemado porque você quer sair na rua. Você sabe do risco que está correndo", observou o ministro.