"Como eu disse, a eficácia (da cloroquina) não é comprovada. Mas, como politizaram a ciência, o que estamos vendo é a ciência política receitando a cloroquina", disse Mandetta, ao ser entrevistado nesta sexta-feria (15/5) pela jornalista Denise Rotheburg no programa CB.Poder, uma parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília (assista abaixo).
Segundo Mandetta, o presidente Jair Bolsonaro busca passar a ideia de que há um remédio capaz de combater o coronavírus para que a população se sinta segura e seja possível afrouxar as medidas de isolamento social. "Ele (Bolsonaro) quer ter um medicamento para as pessoas sentirem confiança, para retomar a economia. A cloroquina, usada para malária, é a principal delas porque é barata. Tem outros por aí, como o Ivomec, usado para gado, o Remdesivir, usado para a aids. Mas nenhum com a eficácia comprovada", afirmou.
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Tempo perdido
Na entrevista, Mandetta disse que a saída de Teich passa a impressão que o país "perdeu um mês" de luta contra o coronavírus e que a única ação prática do seu sucessor foi exonerar uma equipe que vinha trabalhando para conter a pandemia. O ex-ministro negou ainda que exista um plano para que ele e Sergio Moro, outro ex-ministro de Bolsonaro, formem uma chapa nas eleições de 2022.