O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta negou, nesta sexta-feira (15/5), que exista planos para a formação de uma chapa presidencial para as eleições de 2022 formada por ele e pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro. "Não tem nada disso não", afirmou, após ser perguntado sobre o tema em entrevista ao programa CB.Poder, parceria do Correio com a TV Brasília (assista abaixo).
Em Brasília, uma união dos dois ex-membros do governo Bolsonaro vem sendo chamada de Chapa MM. Após negar os planos de tal chapa, Mandetta disse que busca conversar com várias lideranças políticas, mas que 2022 está longe e que enfrentar a pandemia de coronavírus é mais urgente que discutir eleições neste momento.
"Eu converso muito bem com o ministro Moro, converso muito bem com todos aquele que são brasileiros e querem bem ao nosso país, converso bem com o próprio presidente, com o governador Doria, governador Witzel, converso bem com o Luciano Huck, converso bem dentro do meu partido porque acho que o diálogo é o que pode fazer com que o pais caminho a passos mais rápidos rumo à modernindade. Agora 2022 está muito longe, nós temos coisas mais importantes, mais urgentes, que é essa epidemia de coronavírus", disse.
Saiba Mais
"Não conversei com o ministro Moro sobre essa questão. Apensas acompanhei como todo cidadão. Imagino que deve ter sido uma semana muito tensa para ambos, tanto para o ministro quanto para o presidente. Eu passei por essa situação, em que você não consegue organizar o seu setor em função da visão do presidente. Acho que a única semelhança que guarda entre essas duas crises é isso."
Bolsonaro repete o PT
Para Mandetta, apesar da grave crise gerada pela pandemia, "os Poderes estão funcionando regularmente" e que o Legislativo tem feito "um bom debate". No entanto, ele vê que o governo Bolsonaro tomou uma decisão de se aproximar de alguns partidos de forma semelhante ao que fez o PT.
"(Vejo) o governo com muita dificuldade em relação à base, agora se aproximando de partidos que fazem questão de participar do Executivo e na sua sustentação política no Legislativo. Acho que essa é a decisão política que o governo tomou, de se aproximar de partidos políticos, então nós veremos agora uma tratativa do Executivo com partidos políticos que era como eu assisti ao PT fazer no (segundo mandato de Lula) e com Dilma", analisou.