Justiça nega retirada
de radicais da Esplanada
A Justiça do Distrito Federal não aceitou um pedido do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios para que o acampamento do grupo Os 300 do Brasil, formado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, deixe a Esplanada dos Ministérios. Apesar de MPDFT ter argumentado que a desmobilização do movimento é necessária “para evitar a proliferação da covid-19 e assegurar a saúde da coletividade”, a Justiça entendeu que “não pode excluir totalmente o exercício dos direitos também fundamentais de manifestação do pensamento, de liberdade de locomoção e de reunião”.
Adélio agiu sozinho,
confirma 2º inquérito
A segunda investigação da Polícia Federal sobre a facada em Jair Bolsonaro, durante compromisso de campanha eleitoral em Juiz de Fora (MG), em setembro de 2018, concluiu que Adélio Bispo de Oliveira, responsável pelo ataque, agiu por conta própria e não recebeu ordens de ninguém. Na quarta-feira, o delegado Rodrigo Morais apresentou as conclusões à Justiça Federal.
“A investigação, marcada ininterruptamente pelo rigor técnico, demonstrou que Adélio Bispo de Oliveira atuou sozinho, por iniciativa própria”, afirma o delegado no inquérito.
FHC: governo como o
de Bolsonaro acaba mal
Fernando Henrique Cardoso voltou a criticar Jair Bolsonaro afirmando que o atual presidente parece “não ter entendido” suas funções, por governar apenas para seus apoiadores. Diferentemente de dias atrás, quando defendeu o impeachment, o
ex-presidente disse que não é o momento para isso, na live da Congregação Israelita Paulista, da qual participou ontem. Mas alertou que o estilo de Bolsonaro, de falar apenas para um setor da sociedade, é “parecido com o dos nazistas”, pode trazer benefícios a curto prazo, mas sempre termina mal.
Ex-deputado volta
para a cadeia no Rio
O ex-deputado estadual Paulo Melo e o empresário Mário Peixoto foram presos no âmbito da Operação Favorito, desfechada ontem pela Polícia Federal. Interceptações telefônicas identificaram que eles compõem uma quadrilha que se vale da situação de calamidade relacionada à pandemia para obter contratos de forma ilícita com o poder público. O grupo era investigado desde 2019. Melo já esteve preso em outra operação que era desdobramento da Lava-Jato.