O vÃdeo da reunião ministerial do dia 22 de abril registra o ministro da Educação Abraham Weintraub dizendo 'que todos tinham que ir para a cadeia, começando pelos ministros do STF' e a ministra da Mulher, FamÃlia e Direitos Humanos Damares Alves defendendo a prisão de governadores e prefeitos, indicam fontes que assistiram nesta terça, 12, à peça chave no inquérito sobre suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na PolÃcia Federal.
Também na reunião, Bolsonaro chamou o governador de São Paulo, João Dória, de 'bosta' e pessoas do governo do Rio de Janeiro de 'estrume'.
O registro da reunião foi exibido nesta terça, 12, a um restrito grupo de pessoas autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello, relator do inquérito sobre suposta tentativa de interferência polÃtica do presidente Jair Bolsonaro na PF. A exibição foi realizada no Instituto Nacional de CriminalÃstica da corporação em BrasÃlia, 'em ato único' - conforme determinado por Celso de Mello - com participação de Moro, integrantes da Advocacia-Geral da União e procuradores e investigadores que acompanham o caso.
Investigadores avaliam que o conteúdo da gravação 'escancara a preocupação do presidente com um eventual cerco da PolÃcia Federal a seus filhos' e que Jair Bolsonaro 'justificou a necessidade de trocar o superintendente da corporação no Rio de Janeiro à defesa de seus próprios filhos' alegando que sua famÃlia estaria sendo 'perseguida'.
COM A PALAVRA, A MINISTRA DAMARES ALVES
"A ministra Damares Alves, por meio de sua assessoria, disse que pediu a punição de prefeitos e governadores no contexto de desvios de insumos durante a pandemia e violação de direitos, citando como exemplo atos truculentos contra idosos que não respeitarem as regras de isolamento e distanciamento social. Segundo a assessoria, a ouvidoria do ministério tem 8500 denúncias sobre isso"
COM A PALAVRA, O MINISTRO ABRAHAM WEINTRAUB
"Procurada, a assessoria de comunicação do Ministério da Educação informou que Weintraub não vai se manifestar"