Os delegados Alexandre Ramagem e Ricardo Saadi, citados pelo ex-ministro Sergio Moro em depoimento prestado à Polícia Federal, são ouvidos pela corporação na tarde desta segunda-feira (11/5), em Brasília. Ramagem chegou por volta das 14h50 à sede da PF. Saadi já trabalha no prédio e apenas deixa a sala onde atua para ser ouvido.
Ambos são testemunhas e devem dar detalhes sobre a suposta tentativa do presidente Jair Bolsonaro de interferir na PF. Ramagem é próximo do vereador Carlos Bolsonaro, filho 02 do presidente. Ele chegou a ser nomeado para diretor-geral da corporação, no lugar de Maurício Valeixo, que foi demitido.
No entanto, a ida dele ao cargo foi impedida por uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Saadi é ex-superintendente da PF no Rio de Janeiro, unidade de interesse do presidente, pois é onde fica seu colégio eleitoral e correm inquéritos contra pessoas próximas ao chefe do Executivo.
Valeixo presta depoimento em Curitiba. A expectativa é a de que ele confirme que não pediu demissão do cargo, como alegou Bolsonaro.