Na reunião no STF, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que “a economia está começando a colapsar” e destacou que o presidente Jair Bolsonaro sempre alertou que a segunda onda da pandemia seria essa. “A indústria passou que está difícil, e a economia está começando a colapsar. Ao ouvir relato de empresários, o presidente disse para compartilhar com o Supremo”, destacou.
Guedes citou as medidas tomadas pelo governo, as quais, segundo ele, preservaram mais de 5,5 milhões de empregos com programas criados. Para o ministro, a indústria informou que poderia suportar dois ou três meses os efeitos da pandemia na economia, mas “a informação é que, talvez, os sinais vitais não sejam preservados por tanto tempo”. “Em vez de sairmos como urso hibernado, talvez seja o caso (de) o colapso total.” De acordo com o ministro, em um cenário de produção desorganizada, o país pode “entrar em um sistema não só de colapso econômico, mas de desorganização social”.
Marco Polo de Mello Lopes, presidente-executivo do Instituto Aço Brasil e coordenador da Coalizão Indústria, lembrou que o setor industrial representa 45% do PIB, 65% das exportações e 30 milhões de empregos diretos e indiretos. Segundo ele, de março para abril, as vendas caíram 50%, e a indústria, de maneira geral, opera com 60% de ociosidade. “A indústria está na UTI e precisa sair. Para sair, precisa que ocorram as flexibilizações de maneira que a roda volte a rodar”, ressaltou.
Bolsonaro, por sua vez, frisou que o posicionamento da indústria é que “abertura gradual e responsável tem que começar o mais rápido possível”. Se isso não acontecer, “fica impossível (o país) voltar a ser o que era em janeiro do corrente ano”, emendou.