Segundo o ministro da Economia, os “sinais vitais” da economia brasileira ainda estão preservados. Contudo, isso deve durar por pouco tempo. Para ele, é preciso que “roda (da economia) volte a rodar”. “A economia está começando a colapsar e não queremos o risco de virar uma Venezuela. De virar, sequer, a Argentina, que entrou em desorganização, com inflação subindo, todo aquele pesadelo de volta”, reconheceu Guedes.
Ele comentou que a economia do país está pulsando devido a medidas de proteção adotadas pelo governo federal, como o auxílio emergencial de R$ 600. No entanto, Guedes frisou que as estratégias terão efeito por, no máximo, três meses. “Embora tenhamos lançado dois, três meses de camada de proteção, talvez os sinais vitais não consigam ser preservados tanto tempo. Talvez a indústria entre em colapso antes”, analisou Guedes.
Bolsonaro acrescentou que é necessário evitar que o país mergulhe em uma crise econômica. Se não, “dificilmente poderá sair dela”. “Quando o ministro Paulo Guedes fala em Venezuela, não é o regime venezuelano, mas a economia venezuelana. Apesar de ser um país rico, com petróleo e ouro, o povo vive na miséria, porque chegou a um ponto, a economia lá, que fica muito difícil recuperar”, sustentou o presidente.
O mandatário ainda disse que alguns estados e municípios “foram longe nas medidas restritivas e as consequências estão batendo à porta de todos”. “38 milhões de informais e autônomos ou perderam a renda ou tiveram a renda substancialmente reduzida. Por parte da formalidade, quem tem carteira assinada, está batendo na casa de 10 milhões de desempregos. Esse número tende a crescer”, analisou Bolsonaro.