Ao lado do presidente da República, Jair Bolsonaro, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, afirmou, nesta quinta-feira, 7, que o Brasil conseguiu conduzir "muito bem essa situação" do enfrentamento ao novo coronavÃrus e defendeu uma coordenação pela retomada econômica. O encontro ocorre alguns dias após Bolsonaro participar de atos antidemocráticos contra o STF e o Congresso.
Na quarta-feira, 6, o Brasil bateu novo recorde de mortes por coronavÃrus, com registro de mais de 600 óbitos em 24 horas.
"Apesar daquilo que aparece na imprensa, uma coisa aqui e ali, a verdade é que as instituições funcionaram. Os ministérios funcionaram, o SUS (Sistema Único de Saúde) funcionou, as medidas que o governo adotou e o Congresso Nacional aprovou, adequou, melhorou ou de alguma forma também sancionou, foram medidas extremamente importantes para que o PaÃs não entrasse em situação de calamidade pública", disse Toffoli.
Apesar da declaração do presidente do Supremo, diversas cidades brasileiras decretaram estado de calamidade pública durante a pandemia da covid-19.
Além disso, Estados como Amazonas já enfrentam colapso do sistema de saúde. Esta semana, o Ministério da Saúde reconheceu que o pico do novo coronavÃrus deve ocorrer entre maio e julho.
No perÃodo da manhã, Toffoli teve uma reunião com Bolsonaro, ministros de Estado e um grupo de empresários na sede da Corte, em BrasÃlia. No encontro, Toffoli reforçou que é preciso um "planejamento organizado na retomada da volta da economia e do crescimento". "Isso é fundamental", avaliou.
O presidente do Supremo defendeu uma coordenação com a inclusão de outros Poderes, Estados e municÃpios, junto a empresários e trabalhadores. "Esse anseio é de trabalhar, produzir, manter empregos e uma sociedade estruturada em funcionamento", disse Toffoli.
Na fala, ele também afirmou que o Brasil possui uma sociedade complexa. "É fundamental ter esse diálogo e essa coordenação para que possamos pensar a retomada (econômica)", disse.
Ele opinou, ainda, que o PaÃs está em uma situação em que as pessoas "querem sair" e que isso deve ser coordenado e planejado.