Politica

Tropa militar na Saúde

A tomada de ações no combate à covid-19 está nas mãos de militares, que a cada dia ocupam um número maior de cargos de alto escalão no Ministério da Saúde. Quatro das cinco nomeações que saíram no Diário Oficial da União de ontem são da ala militar. A confirmação dos nomes reforça a avaliação de que o Planalto procura manter o controle sobre a pasta.

Todas as novas indicações que têm carreira militar ocupam a patente de tenente-coronel. Na direção e Gestão Interfederativa e Participativa ficará Reginaldo Machado Ramos. Marcelo Blanco Duarte é o novo assessor no Departamento de Logística. Jorge Luiz Kormann será diretor de Programa, e Paulo Guilherme Ribeiro Fernandes, coodenador-geral de Planejamento. A única que não faz parte do grupo é Emanuella Almeida Silva, que ficará na coordenação de Pagamento de Pessoal e Contratos Administrativos.

Nos bastidores, a atuação do chefe da pasta, Nelson Teich, tem sido criticada por ficar no “campo das ideias”. Assim, muitos começam a considerar o número dois da pasta, general Eduardo Pazuello, como “o verdadeiro condutor”.

Questionado sobre o escalonamento da área militar dentro da pasta, Teich foi enfático: “Os militares têm muito planejamento, trabalho em equipe, de uma coisa organizada. Isso é importantíssimo em um momento que se precisa de agilidade na execução”.