O chefe do Executivo se irritou após Moraes suspender a nomeação de Alexandre Ramagem para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal. O magistrado entendeu que a decisão do presidente Jair Bolsonaro viola o princípio da impessoalidade, já que Ramagem é próximo da família do presidente.
Bolsonaro disse que vai tentar manter a nomeação e criticou a decisão do magistrado. "Eu não engoli essa decisão do senhor Alexandre de Moraes. Não engoli. Não é essa a forma de tratar o chefe do Executivo”, disse.
Ele ainda desafiou o ministro a tirar Ramagem da Abin, instituição que ele chefia no momento. "Se não pode estar na Polícia Federal, também não pode estar na Abin. Senhor Alexandre de Moraes, aguardo de vossa excelência uma canetada para tirar o Ramagem da Abin. Para ser coerente”, afirmou.
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Barroso destacou, em nota, que Alexandre de Moraes teve notável carreira no setor público antes de ingressar no Supremo. “O Ministro Alexandre de Moraes chegou ao Supremo Tribunal Federal após sólida carreira acadêmica e de haver ocupado cargos públicos relevantes, sempre com competência e integridade. No Supremo, sua atuação tem se marcado pelo conhecimento técnico e pela independência. Sentimo-nos honrados em tê-lo aqui", declarou o ministro.