"O governo federal fez tudo. O Paulo Guedes [ministro da Economia], em contato com o Congresso e governadores, liberou recursos para tudo. Nós fizemos tudo que foi possível e mais alguma coisa. Agora, cabe aos governadores gerir esses recursos. O que mais nós temos, por parte de alguns estados, é desvio de recursos. É isso que está acontecendo. Por isso precisamos da Polícia Federal isenta, sem interferência, para poder coibir possíveis abusos", apontou.
Bolsonaro disse ainda que os líderes estaduais não conseguiram diminuir a curva de transmissão do coronavírus. "O Supremo decidiu que as medidas para evitar ou para fazer a curva ser achatada caberiam a governadores e prefeitos. Não achataram a curva. Governadores e prefeitos que tomaram medidas bastante rígidas não achataram a curva", afirmou, pouco antes de embarcar para Porto Alegre (RS) para participar da solenidade de transmissão de cargo do comandante militar do Sul.
O presidente ainda colocou em dúvida os números de óbitos pela doença, em especial em São Paulo. "A curva tá aí. Partindo do princípio que o número de óbitos é verdadeiro. Cada vez mais chegam informações, que o próprio Diário Oficial lá do Estado de São Paulo está escrito lá que na dúvida sobre a causa da morte bota coronavírus para inflar o número para fazer uso político disso", disse.
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Auxílio emergencial e retomada da economia
O chefe do Executivo comentou ainda sobre a crise do desemprego causado pelo vírus. Bolsonaro admitiu que a volta da economia não será "rápida". "Só não está uma desgraça maior porque fizemos esse plano emergencial para pagar os R$ 600 para as pessoas". Ele destacou ainda que cerca de 30 milhões de cidadãos já receberam o benefício, mas pontuou que "muita gente se inscreveu de má-fé", concluiu.