"Como não temos filas para realização de testes, isso significa que, de fato, os pacientes morreram por agora", explicou o secretário de Saúde, José Henrique Germann, em coletiva de imprensa. Os números atualizados nesta terça-feira superaram a maior quantidade de óbitos pela Covid-19 registrada em São Paulo até então, quando 211 pessoas morreram em 23 de abril.
Com isso, o estado paulista chegou a 2.049 vítimas fatais da doença. A quantidade de casos confirmados também assusta, já que São Paulo atingiu 24.041. O cenário se torna ainda mais preocupante pela Grande São Paulo estar com 81% dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 70% dos leitos de enfermaria ocupados. No estado todo, a taxa de ocupação é de 61,6% das UTIs e de 44,5% nos leitos de enfermaria.
Enquanto isso, gestores da saúde de vários estados reclamam da falta de interlocução durante o processo de transição no Ministério da Saúde, assumido por Nelson Teich há 11 dias. Desde a saída de Luiz Henrique Mandetta da liderança da pasta, as conversas diárias com os secretários foram interrompidas, condução avaliada como contraditória em relação às propostas do novo ministro de entender o contexto de cada região para adotar medidas específicas.
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O governador de SP João Doria faz coro ao discruso de insatisfação, dizendo que os governadores e secretários do Sul e Sudeste, “região notoriamente sabida a mais afetada”, aguardam uma videoconferência.