A denúncia é assinada pelos promotores da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Fábio Ramazzini Bechara, Everton Luiz Zanella, Luiz Ambra Neto e João Santa Terra Júnior. Eles também imputam aos acusados os crimes de lavagem de dinheiro.
"Esquema deliberadamente voltado ao trato de dinheiro marginal, o que serve a necessidade de desassociá-lo de sua origem espúria, conferindo-lhe, por sua própria fungibilidade, aptidão a s mais amplas possibilidades de fruição,
inclusive em campanhas eleitorais, e que apesar das evidencias quanto ao recebimento de vultosas quantias em espécie, inexiste qualquer sinalização sobre o real emprego desses valores, o que atesta a eficácia do propósito de ocultação", dizem os promotores.
Além da delação da empreiteira, a denúncia conta com diversas conversas entre agentes da Transnacional, responsável pela entrega do dinheiro, e também do doleiro Álvaro Novis. São mensagens internas em que os funcionários da corretora e da transportadora conversavam sobre senhas, datas, endereços, e codinomes, nomes dos intermediários da propina, e até mesmo seus celulares telefones.
Os pagamentos a Skaf, segundo a empreiteira, teriam sido feitos sob os codinomes "Kibe" e "Tabule". Em uma das entregas registradas pela empreiteira, e pela transportadora, no dia 21 de agosto de 2014, teria sido na Avenida Ibirapuera, 2927, onde fica o Hotel Bourbon.