Politica

Pedido de autonomia

A Polícia Federal quer um diretor-geral que tenha autonomia para trabalhar. Foi o que disse o presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), Edvandir Félix de Paiva. Em entrevista ao programa CB.Poder — parceria do Correio com a TV Brasília —, ele afirmou que a troca no comando da corporação foi “traumática”, uma vez que culminou na saída de Sergio Moro do governo. Ele reforçou as recomendações feitas pela ADPF em uma carta aberta ao presidente Jair Bolsonaro, divulgada no domingo.

A carta criticava tentativas de intervenção política na Polícia Federal e pedia que Bolsonaro mantivesse uma distância “republicana” da PF. Frisava, ainda, que a troca do comando, nas atuais circunstâncias, levantaria suspeitas de que o novo diretor estaria em uma “missão política”, o que afetaria a imagem da corporação. Paiva defendeu a apuração das acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça, em seu discurso de despedida.

“Nós estamos apresentando ao presidente, publicamente, algo que nós consideramos uma solução: ele fazer uma declaração expressa de que o novo diretor-geral, seja lá qual for, terá condições e autonomia para montar sua equipe e tocar os projetos da Polícia Federal sem nenhuma pressão governamental”, destacou Paiva.