De acordo com relatos do ex-ministro Sérgio Moro, a mudança de comando no Ministério da Justiça e na Polícia Federal tem a finalidade de barrar o andamento das investigações que atribuem a Carlos Bolsonaro o papel de articulador em esquema de fake news. A condecoração de Jorge Oliveira também teria o objetivo de garantir maior controle da atividade policial por parte do presidente da República para agradar aliados sob a mira da PF. A ação movida por Fábio Felix argumenta que a imagem divulgada por Moro, as declarações dadas pelo ex-Ministro e o comportamento de Jair Bolsonaro são indícios de que a indicação de Oliveira visa satisfazer interesse pessoal do presidente, o que ofende a moralidade administrativa.
“O ex-ministro e o Presidente se acusaram de crimes muito graves, inclusive obstrução de Justiça (art. 1º, § 2º, da Lei 12.850/2010) e corrupção passiva privilegiada (art. nº 13, § 2º, do CP). Se Moro estiver falando a verdade, é um risco enorme não só para as investigações que envolvem as fake news, mas para todo o trabalho da Polícia Federal e do Ministério da Justiça. Os precedentes judiciais indicam que todo ato deve obedecer à moralidade administrativa, mesmo em se tratando de nomeação e posse de Ministro de Estado”, declara o deputado Distrital Fábio Felix.
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A ação pede que seja suspensa qualquer nomeação pelo menos até que Sérgio Moro seja ouvido no Supremo Tribunal Federal ou na CPMI das fake news no Congresso. A medida também aponta como precedente a suspensão da posse de Lula como Ministro da Casa Civil, em 2016, no então governo Dilma Rousseff.
Com informações do gabinete de Fábio Felix