O anúncio de Moro aconteceu após publicação da exoneração do ex-diretor-geral da PF, Maurício Valeixo. O ex-ministro disse que desde o segundo semestre do ano passado, o presidente tem pressionado para houvesse uma mudança na diretoria, mas, segundo Moro, sem uma justificativa.
"O presidente me disse mais de uma vez que ele queria ter uma pessoa de contato pessoal dele, que ele pudesse ligar, colher informações, relatórios de inteligência, seja o diretor, seja o superintendente, e realmente não é o papel da Polícia Federal", disse o ex-ministro mais cedo. Ao final do pronunciamento, Moro afirmou que iria "começar a empacotar minhas coisas" e "providenciar que o encaminhamento da minha carta de demissão".
Bolsonaro, por sua vez, afirmou no fim da tarde desta sexta-feira que a exoneração de Valeixo ocorreu após uma conversa com o ex-ministro, e foi acordada com o ex-diretor-geral. O presidente disse, ainda, que Moro pediu uma indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF) como forma de concordar com a exoneração de Valeixo. “Mais de uma vez o senhor Sergio Moro disse: ‘Você pode trocar o Valeixo, sim, mas em novembro. Depois que me indicar para o STF’", afirmou. Pelo Twitter, Moro negou.