O presidente Jair Bolsonaro não concedeu entrevistas na manhã desta sexta-feira (24/4), na saída do Palácio da Alvorada, e evitou comentar a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo.
Bolsonaro também não quis comentar e sobre o possível pedido de demissão do ministro da Justiça, Sergio Moro. No entanto, ironizou os jornalistas presentes: "Imprensa, vocês erraram tudo que vocês disseram ontem".
Valeixo foi exonerado do cargo nesta sexta-feira (24/4). A exoneração é assinada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, e publicada no Diário Oficial da União de hoje. Segundo o texto do decreto, a saída de Valeixo foi "a pedido", o que acabou desmentido mais tarde por Moro.
Na quinta-feira (23/4), o ministro da Justiça chegou a comunicar ao presidente que sairia do cargo caso a demissão de seu braço-direito, Valeixo, se concretizasse. Ontem, a assessoria do ministro disse que o pedido de demissão "não estava confirmado".
Moro pede demissão
Após a publicação da exoneração, Moro marcou um pronunciamento, no qual .
Entre interlocutores do governo, corre a informação de que a troca está ligada ao desconforto em relação a diligências que apuram uma rede de criação e disseminação de fake news contra desafetos do governo.
Nas redes sociais, Bolsonaro publicou um print da exoneração de Valeixo e destacou o artigo da Constituição que prevê a nomeação do cargo de diretor-geral pelo presidente da República.
“Lei 13.047/2014 - Art. 2º-C. O cargo de Diretor-Geral, NOMEADO PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, é privativo de delegado de Polícia Federal integrante da classe especial”, escreveu.