O presidente Jair Bolsonaro afirmou, no fim da tarde desta segunda-feira (20/4), que não é coveiro. A resposta ríspida e irônica veio após o presidente ser questionado na entrada do Palácio da Alvorada sobre o número de mortes pelo novo coronavírus.
Um dos jornalistas perguntou a Bolsonaro, com base em dados inicialmente divulgados pelo Ministério da Saúde, sobre as "mais de 300 mortes" que teriam ocorrido nas últimas 24 horas. Posteriormente, a pasta corrigiu o número para 113 mortes de domingo para segunda.
"Ô, cara, quem fala de... Eu não sou coveiro, tá certo?". O repórter, então, insistiu na pergunta e Bolsonaro repetiu: "Não sou coveiro, tá?".
Pela manhã, Bolsonaro disse esperar que o isolamento horizontal termine ainda nesta semana.
"Meu papel é preservar a liberdade do brasileiro, se nós tivermos um quadro de caos a gente não sabe o que vai acontecer. O povo com fome, com dificuldade, com filho doente em casa, a gente não sabe o que vai acontecer. Ou melhor, até sabe. Mas não quero levar a um clima de incerteza. Dá para recuperar o Brasil ainda. Eu espero que essa seja a última semana dessa quarentena, dessa maneira de combater o vírus todo mundo em casa”, apontou.
Ainda mais cedo, Bolsonaro disse que 70% da população será infectada. "As medidas restritivas de alguns estados foram excessivas, não atingiram seu objetivo. Aproximadamente 70% da população será infectada. Não adianta querer correr disso."