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Coronavírus: 'a guerra começou e nós nos preparamos', diz Alexandre Kalil

Prefeito diz que combate ao coronavírus "está apenas se iniciando em Belo Horizonte"

O prefeito Alexandre Kalil (PSD) listou as medidas tomadas em Belo Horizonte para o enfrentamento ao novo coronavírus. Segundo o chefe do Executivo municipal, o combate à pandemia "está apenas se iniciando", mas a cidade se preparou para a "guerra".

"A guerra começou e nós nos preparamos para essa guerra. Essa guerra começou. Não sabemos ainda onde o inimigo está e a quantidade desse inimigo", disse.

Segundo Kalil, Belo Horizonte está preparada para enfrentar a pandemia. O prefeito listou a quantidade de equipamentos de saúde disponíveis na cidade.

"Hoje, contamos com 600 leitos e temos condições de abrir imediatamente mais 600 leitos e mais 345 leitos. Contamos (ainda) com 409 leitos de CTI, com a possitiblidade de abertura de mais 269 leitos em 60 dias. Mais 70 leitos foram disponibilizados, o que totaliza 748 leitos de CTI", frisou.

Em EPIs (equipamentos de proteção individual), Kalil disse que a cidade conta com 50 mil máscaras N95, 905 mil cirúrgicas, 408 mil aventais, 330 mil litros de álcool 70% líquido, 45 mil litros em álcool gel e 500 mil gorros de proteção. Mais 500 mil máscaras cirúrgicas estão previstas para chegar ainda nesta segunda-feira.

Em seguida, Kalil citou ainda as medidas sociais tomadas pela prefeitura:

  • 198.614 cestas básicas distribuídas (123.232  para estudantes e 75.382 para famílias do cadastro único;
  • 30 mil kits de higiente distribuídos
  • Inclusão de mais 50 mil nomes no Cadastro SUS
  • Quase um milhão de pessoas beneficiadas

Medidas da prefeitura


Desde março, o prefeito tem assinado decretos com o objetivo de conter o avanço do novo coronavírus em Belo Horizonte. As primeiras medidas determinaram o fechamento de comércios considerados não essenciais, para evitar aglomeração de pessoas.

Na última semana, o prefeito estabeleceu que, nos locais que podem ficar abertos, é permitido apenas um cliente por 13 metros quadrados de área e uma pessoa por carrinho de compras.

O controle de entrada e saída de pessoas é responsabilidade do próprio estabelecimento comercial e deve ser feito por meios eletrônicos, por sistemas de cartões numerados na entrada e higienizados com álcool em gel ou por um procedimento equivalente.

As regras não se aplicam a equipamentos de saúde, como hospitais e clínicas. Nesses locais, a norma é manter a distância de pelo menos dois metros entre as pessoas.

Na última quarta-feira, entrou em vigor o decreto que obriga o uso de máscaras nos espaços públicos. O equipamento de proteção deve ser utilizado nas ruas, no transporte público coletivo e em estabelecimentos comerciais, industriais e serviços.

No texto, a prefeitura convidou empresas para fornecimento de dois milhões de máscaras de proteção artesanal e reutilizável na cor branca. Em entrevista coletiva na última semana, Kalil prometeu que vai entregar os equipamentos de segurança “aos miseráveis, aos invisíveis”. É prevista ainda a distribuição de cestas básicas e kits de higiene.

Desde a última semana, a prefeitura também instalou pias e sabonetes em praças de Belo Horizonte, com o objetivo de facilitar a higienização das mãos. A reportagem do Estado de Minas detectou, nesse domingo, que algumas dessas instalações já foram danificadas e não funcionam.

Saiba Mais

Algumas praças da capital foram cercadas com gradis para evitar aglomerações. Na Lagoa da Pampulha, um dos principais pontos turísticos da cidade, a BHTrans auxilia a prefeitura no controle da circulação de pessoas.

Outra medida tomada para reduzir a circulação de pessoas no transporte coletivo foi restringir as gratuidades para idosos durante os horários de pico (das 5h às 8h59 e das 16h às 19h59). A regra entrou em vigor nesta segunda-feira.