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Sob supervisão do gabinete do ódio, governo fez 'dossiê' contra Mandetta

A ideia era mostrar que Mandetta cometeu erros na condução do combate ao coronavírus, para que não saísse como ''vítima'' da crise

Ainda no comando do Ministério da Saúde, Luiz Henrique Mandetta se tornou alvo do núcleo ideológico do governo. Um dossiê foi montado contra o então ministro sob a supervisão do "gabinete do ódio", liderado pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) que incentiva o presidente Jair Bolsonaro a adotar posições beligerantes nas redes.

A ideia era mostrar que Mandetta cometeu erros na condução do combate ao coronavírus, para que não saísse como "vítima" da crise. A estratégia foi desenhada para desgastar a imagem do agora ex-ministro desde que o confronto entre ele e Bolsonaro aumentou.

Para a ala ideológica, a permanência do ministro após a série de atritos com o presidente foi um "tiro no pé", que deve ser debitado na conta dos militares da Esplanada.

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Os bolsonaristas compartilharam o dossiê acusando Mandetta de ser lobista de planos de saúde e de ter defendido "a destruição do SUS". Mandetta foi dirigente de uma operadora de saúde entre 2001 e 2004 em Campo Grande (MS). Deixou o posto para assumir a Secretaria de Saúde daquela cidade. Permaneceu no cargo entre 2005 a 2010.

O mesmo documento afirma ainda que o município teve de devolver à União R$ 14,8 milhões. Mandetta sempre contestou a acusação e não chegou a virar réu.