A demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, repercutiu na Câmara dos Deputados, durante a sessão plenária virtual da tarde desta quinta-feira (16/4). O presidente da Casa, Rodrigo Maia, elogiou a atuação do ministro e afirmou que falava pela maioria. Foi a segunda vez no dia que o parlamentar falou sobre a saída de Mandetta. “Tenho certeza que falo em nome da maioria da Câmara. No momento que o ministro Mandetta anuncia que foi demitido pelo presidente, a nossa homenagem ao ministro, à sua dedicação, seu trabalho, competência, capacidade de compreensão do problema, e de construir soluções, diálogos com toda a sociedade e com o parlamento”, afirmou.
“Tenho certeza que com a decisão confirmada no Diário Oficial, o ministro Mandetta deixa um legado. Uma estrutura, para que o Brasil possa, em conjunto, o governo federal, os estados e os municípios, principalmente, tenham condição de atender sobre a base do que foi construído pelo ministro Mandetta, as condições para atender da melhor forma possível a sociedade brasileira, mas, principalmente, para os que precisam do sistema SUS. Agradeço ao ministro e tenho certeza que falo em nome da maioria da casa”, completou..
O líder do PSDB, o deputado federal Carlos Sampaio (SP), divulgou uma nota onde considera a saída de Mandetta como “lamentável”. ““É lamentável a demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, no momento em que o país caminha para a fase mais aguda da pandemia. Mandetta se tornou alvo de críticas e intrigas dentro do governo nos últimos dias, justamente por estar fazendo um bom trabalho, alinhado à ciência, aos organismos e às autoridades internacionais”, afirmou.
“O que se espera, neste momento, é que seu substituto mantenha a linha de atuação que os países, na sua grande maioria, estão adotando. Não é possível que o mundo inteiro esteja errado. São vidas que estão em jogo e o esforço para preservá-las deve estar acima de disputas políticas e ideológicas”, ressaltou na mensagem.
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Em conversa com a reportagem do Correio por telefone, o líder do PL, Wellington Roberto, disse que a Câmara está fazendo sua parte no combate à crise e que a demissão do ministro é prerrogativa do presidente da República. Destacou, no entanto, que o isolamento social é, no momento, a única alternativa de combate ao coronavírus. “A questão da reestruturação do ministério, é esperar que ele ache um bom nome que possa dar continuidade ao trabalho que o ex-ministro Mandetta fazia, que é importante para superarmos o inimigo invisível, que é o vírus, destacou.