Politica

.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta quarta-feira (15/4) que a saída do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e de seus auxiliares, seria um "desastre" para o país. "Se houver a saída do Mandetta e membros da sua equipe, entendo isso como um desastre e um risco também para a saúde pública do país, porque haverá o risco de não termos mais uma orientação técnica, baseada na saúde e medicina, e sim uma orientação política e ideológica", afirmou.
A possível saída do ministro tem sido ventilada nas últimas semanas, tendo chegado ao ápice na segunda-feira (6) da semana passada. Na ocasião, foi divulgado que o ministro iria ser demitido no mesmo dia. O fato acabou não se consumando, mas em entrevista coletiva fez um discurso crítico ao presidente e mostrou que se saísse, seria acompanhado por seus auxiliares. 

Na manhã desta quarta-feira, o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson da Silva, pediu demissão do cargo. A informação de que o ministro deve sair voltou a circular. Ele pode ser substituído pelo número dois da pasta, o secretário-executivo João Gabbardo. "Lamentamos bastante que isso tenha ocorrido. Perdemos um guerreiro que tem ajudado a saúde pública brasileira", disse Doria. 

Saiba Mais

Em entrevista, o governador reiterou que a gestão estadual irá seguir orientações amparadas na ciência, e pediu para que as pessoas evitem circular e fiquem em casa. Doria ressaltou que, em sua perspectiva, Mandetta e seus auxiliares "vêm demonstrado responsabilidade, apoio técnico, respeito à ciência, aos princípios da Saúde e às orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS)". 

O governador não quis comentar críticas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro a ele na manhã desta quarta-feira. Bolsonaro compartilhou um vídeo intitulado “Os Sócios da Paralisia”, no qual são feitas críticas a Mandetta, a Doria e ao isolamento social.