O presidente Jair Bolsonaro realizou, nesta quarta-feira (8/4), em rede nacional, o quinto pronunciamento em rede nacional sobre a crise provocada pelo novo coronavírus.
O presidente manteve o tom mais ameno já adotado no último dia 31, ressaltando que tanto o vírus quanto o desemprego devem ser combatidos, mas fez questão de frisar que as medidas de isolamento social, constantemente criticadas por ele, "são de responsabilidade exclusiva" de prefeitos e governadores. Outra preocupação foi reforçar a mensagem de que a hidroxicloroquina pode salvar vidas, mesmo sem que haja consenso científico sobre a eficácia e segurança da droga.
O presidente manteve o tom mais ameno já adotado no último dia 31, ressaltando que tanto o vírus quanto o desemprego devem ser combatidos, mas fez questão de frisar que as medidas de isolamento social, constantemente criticadas por ele, "são de responsabilidade exclusiva" de prefeitos e governadores. Outra preocupação foi reforçar a mensagem de que a hidroxicloroquina pode salvar vidas, mesmo sem que haja consenso científico sobre a eficácia e segurança da droga.
"Ser Presidente da República é olhar o todo, e não apenas as partes. Não restam dúvidas de que o nosso objetivo principal sempre foi salvar vidas", disse, no início. "Tenho a responsabilidade de decidir sobre as questões do País de forma ampla, usando a equipe de ministros que escolhi para conduzir os destinos da Nação. Todos devem estar sintonizados comigo" (assista e leia abaixo o pronunciamento completo).
Em seguida, reconheceu a autonomia de governadores e prefeitos, mas deixou claro que o governo federal não foi consultado antes de medidas como fechamento do comércio fossem adotadas. "Respeito a autonomia dos governadores e prefeitos. Muitas medidas, de forma restritiva ou não, são de responsabilidade exclusiva dos mesmos. O Governo Federal não foi consultado sobre sua amplitude ou duração."
Em seguida, reconheceu a autonomia de governadores e prefeitos, mas deixou claro que o governo federal não foi consultado antes de medidas como fechamento do comércio fossem adotadas. "Respeito a autonomia dos governadores e prefeitos. Muitas medidas, de forma restritiva ou não, são de responsabilidade exclusiva dos mesmos. O Governo Federal não foi consultado sobre sua amplitude ou duração."
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Hidroxicloroquina
Durante o discurso, Bolsonaro também ressaltou seu posicionamento sobre o uso da hidroxicloroquina e afirmou que ouviu médicos, pesquisadores e chefes de Estado de outros países. "Passei a divulgar, nos últimos 40 dias, a possibilidade de tratamento da doença desde sua fase inicial".
"Há pouco, conversei com o Dr. Roberto Kalil. Cumprimentei-o pela honestidade e compromisso com o Juramento de Hipócrates, ao assumir que não só usou a Hidroxicloroquina, bem como a ministrou para dezenas de pacientes. Todos estão salvos." Mais cedo, ele havia usado o Twitter para afirmar que "cada vez mais o uso de cloroquina se apresenta como algo eficaz".
Veja e leia o pronunciamento de Bolsonaro nesta quarta (8/4):
Boa noite.
Vivemos um momento ímpar em nossa história.
Ser Presidente da República é olhar o todo, e não apenas as partes. Não restam dúvidas de que o nosso objetivo principal sempre foi salvar vidas.
Gostaria, antes de mais nada, de me solidarizar com as famílias que perderam seus entes queridos nesta guerra que estamos enfrentando.
Tenho a responsabilidade de decidir sobre as questões do País de forma ampla, usando a equipe de ministros que escolhi para conduzir os destinos da Nação. Todos devem estar sintonizados comigo.
Sempre afirmei que tínhamos dois problemas a resolver, o vírus e o desemprego, que deveriam ser tratados simultaneamente.
Respeito a autonomia dos governadores e prefeitos. Muitas medidas, de forma restritiva ou não, são de responsabilidade exclusiva dos mesmos. O Governo Federal não foi consultado sobre sua amplitude ou duração. Espero que brevemente saiamos juntos e mais fortes para que possamos melhor desenvolver o nosso país.
Como afirmou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, cada país tem suas particularidades, ou seja, a solução não é a mesma para todos. Os mais humildes não podem deixar de se locomover para buscar o seu pão de cada dia.
As consequências do tratamento não podem ser mais danosas que a própria doença. O desemprego também leva à pobreza, à fome, à miséria, enfim, à própria morte. Com esse espírito, instruí meus ministros.
Após ouvir médicos, pesquisadores e Chefes de Estado de outros países, passei a divulgar, nos últimos 40 dias, a possibilidade de tratamento da doença desde sua fase inicial.
Há pouco, conversei com o Dr. Roberto Kalil. Cumprimentei-o pela honestidade e compromisso com o Juramento de Hipócrates, ao assumir que não só usou a Hidroxicloroquina, bem como a ministrou para dezenas de pacientes. Todos estão salvos.
Disse-me mais: que, mesmo não tendo finalizado o protocolo de testes, ministrou o medicamento agora, para não se arrepender no futuro. Essa decisão poderá entrar para a história como tendo salvo milhares de vidas no Brasil. Nossos parabéns ao Dr. Kalil.
Temos mais boas notícias. Fruto de minha conversa direta com o Primeiro-Ministro da Índia, receberemos, até sábado, matéria-prima para continuarmos produzindo a hidroxicloroquina, de modo a podermos tratar pacientes da COVID-19, bem como malária, lúpus e artrite. Agradeço ao Primeiro-Ministro Narendra Modi e ao povo indiano por esta ajuda tão oportuna ao povo brasileiro.
A partir de amanhã, começaremos a pagar os R$ 600,00 de auxílio emergencial para apoiar trabalhadores informais, desempregados e microempreendedores durante três meses.
Concedemos, também, a isenção do pagamento da conta de energia elétrica aos beneficiários da tarifa social, por 3 meses, atendendo a mais de 9 milhões de famílias que tenham suas contas de até R$ 150,00.
Disponibilizamos 60 bilhões via Caixa Econômica Federal para capital de giro destinados a micro, pequenas e médias empresas e à construção civil.
Os beneficiários do Bolsa Família, que são quase 60 milhões de pessoas, também receberão um abono complementar do Auxílio Emergencial.
Autorizamos, ainda, para junho, um saque de até R$ 1.045,00 aos que têm conta vinculada ao FGTS.
Repatriamos mais de 11 mil brasileiros que estavam no exterior, num esforço capitaneado pelo Itamaraty, Ministério da Defesa e Embratur.
Tenho certeza de que a grande maioria dos brasileiros quer voltar a trabalhar.
Esta sempre foi minha orientação a todos os ministros, observadas as normas do Ministério da Saúde.
Quando deixar a Presidência, pretendo passar ao meu sucessor um Brasil muito melhor do que aquele que encontrei em janeiro do ano passado.
Sigamos João 8:32: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.
Desejo a todos uma Sexta-Feira Santa de reflexão e um Feliz Domingo de Páscoa.
Deus abençoe o nosso Brasil.