Politica

"Tem que andar para a frente", diz Mandetta após atrito com Bolsonaro

De acordo com o ministro da Saúde, o governo federal tem "um conjunto de cabeças muito qualificadas, que pensam juntas, que ontem fizeram um exercício coletivo"

Correio Braziliense
postado em 07/04/2020 21:45
De acordo com o ministro da Saúde, o governo federal tem Um dia após permanecer como ministro da Saúde, mas ainda em um visível desconforto com o presidente Jair Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta quis virar a página das recentes polêmicas entre o chefe do Palácio do Planalto e ele. De acordo com o ministro, “tudo o que nós estamos precisando agora, é união” e “a gente tem que olhar pelo para-brisa, para a frente”.

“Tudo o que a gente está precisando agora é participação de todos, foco. É normal, às vezes, você olha... Ninguém consegue numa situação dessas ter um olhar só de um ângulo. No Ministério da Saúde, a gente tem dúvidas. Tudo o que eu sei é que nada sei, que nós vamos fazer o nosso melhor. Isso é o nosso mantra”, garantiu Mandetta, durante coletiva no Palácio do Planalto nesta terça-feira (7/4), ao lado do ministro da Casa Civil, general Walter Braga Netto, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. 

Na cerimônia, o ministro fugiu de polêmicas. Disse ser normal que as pessoas tenham opiniões divergentes e destacou que o governo federal conta com "um conjunto de cabeças muito qualificadas, que pensam juntas, que ontem (segunda-feira, 6/4) fizeram um exercício coletivo". "Isso é uma experiência que a gente tem que olhar pelo para-brisa, para a frente, usar pouco o retrovisor e vamos olhar para a frente. Vamos tocar esse barco nosso chamado Brasil juntos. Eu acho que, também, a imprensa pode ajudar muito. Eu acho que é isso. Acho que é nesse sentido e vamos trabalhar", analisou.

“Para que a gente possa atravessar esse momento de dificuldade para todos nós. Todos nós. E unidos em torno de tentar fazer com que a população brasileira, que vai sofrer, vai passar por dias duros, eu já tinha dito isso para todos, são semanas duras na parte de saúde, depois serão tempos duros na parte de economia, tentar minimizar ao máximo isso, com o esforço de cada um que está aqui dentro”, enfatizou Mandetta.

Saiba Mais

O general Braga Netto foi questionado sobre uma reunião no Planalto com Bolsonaro e outros ministros do governo, na tarde de segunda-feira, que definiu a permanência de Mandetta no Ministério da Saúde. Segundo ele, o encontro "foi uma reunião rotineira de ministros". "O presidente tem o direito de convocar uma reunião de ministros, e o assunto que foi tratado lá é um assunto que vai ficar somente na reunião interna lá dos ministros. O assunto não foi, eu garanto pra você, a demissão do ministro Mandetta", afirmou. 

Questionado se poderia garantir a permanência de Mandetta, visto que a decisão de mantê-lo no cargo não foi tomada apenas por Bolsonaro, Braga Netto frisou que "a resposta está aqui: o ministro Mandetta num relacionamento cordial com todos os ministros e a palavra de união que foi dita antes pelo próprio presidente do Banco Central". "Essa é a posição do governo", enfatizou o general.

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