Líderes do agronegócio brasileiro afirmaram, ontem, que é preciso ter cautela na forma como o país trata a China, o principal destino das exportações do setor. É consenso entre autoridades que o momento é de “pacificação” diante das incertezas causadas pela pandemia do coronavírus.
“Nossa preocupação é de pacificar e manter as boas relações. Não queremos briga, precisamos dar suporte ao governo para atravessar a crise. Estamos muito preocupados e precisamos de cautela”, afirmou o ex-ministro da Agricultura Neri Geller, hoje deputado pelo PP de Mato Grosso. No estado, oito de cada 10 sacas de soja têm como destino a China.
O também ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli se disse preocupado. “Não devemos insultar ninguém. E não podemos misturar comércio com política, precisamos de uma posição mais sadia, mais madura.”
Presidente da Associação Brasileira do Agronegócio, Marcello Brito, declarou que “quando a gente abre um tipo de disputa dessas num momento inadequado, o que a gente espera em troca?”. “Já temos tantos problemas, não precisa criar mais um. O Brasil não ganha nada com isso, só perde”, disse o vice-presidente da Sociedade Rural Brasileira, Pedro de Camargo Neto.