Em meio à expectativa sobre seu destino dentro do governo, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, chegou ao Palácio do Planalto no fim da tarde desta segunda-feira (6/4) para uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão e demais ministros.
Mandetta segue no cargo, depois de o presidente dar mais de uma indicação de que pretendia demiti-lo. Além de críticas claras nos últimos dias, Bolsonaro, nesta segunda-feira, chegou a se reunir com dois médicos cotados para assumir a pasta: o ex-ministro da Cidadania Osmar Terra e a oncologista Nise Yamagushi, defensora do uso precoce da hiroxicloroquina em pacientes com Covid-19.
Porém, Bolsonaro obteve uma reação negativa forte diante da possibilidade de tirar Mandetta, tanto da sociedade quanto dos Poderes Judiciário e Legislativo. A notícia da eventual demissão gerou panelaços em várias cidades, como São Paulo e Brasília. E ministros do STF fizeram chegar ao chefe do Executivo o aviso de que haveria uma resposta à altura caso o chefe da Saúde fosse substituído durante a pandemia de coronavírus.
Reação no Congresso
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Integrantes da ala militar do Executivo também argumentaram com o presidente contra a demissão de Mandetta, alegando prejuízos políticos e sociais irrecuperáveis. O número de casos confirmados de coronavírus no país passou de 12 mil.