Politica

Congresso encaminha prorrogação da CPMI das Fake News

A comissão, que já atingiu aliados do governo Jair Bolsonaro, deverá abrir agora uma frente de investigação sobre perfis que difundem informações falsas sobre a pandemia da covid-19

O Congresso Nacional encaminhou nesta quinta-feira, dia 2, a prorrogação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News por mais 180 dias. A comissão, que já atingiu aliados do governo Jair Bolsonaro, deverá abrir agora uma frente de investigação sobre perfis que difundem informações falsas sobre a pandemia da covid-19.

 

"Esperamos abrir um foco de investigações em cima de perfis que se utilizam da pandemia para espalhar falsas informações atentando contra a vida das pessoas. São verdadeiros marginais das redes sociais", disse o senador Angelo Coronel (PSD-BA), presidente da CPMI.

 

O requerimento com 40 assinaturas de senadores e cerca de 200 de deputados, todos a favor da prorrogação do prazo de funcionamento, foi lido na sessão virtual do Congresso Nacional, a primeira neste formato. A CPMI fica automaticamente renovada se não houver retirada remota de assinaturas até o fim desta quinta-feira. Os mínimos são 27 senadores e 171 deputados.

 

A comissão vai funcionar por mais 180, até outubro, período que abarca as eleições municipais de 2020. Antes, a previsão era que se encerrasse em 13 de abril.

 

O senador disse que espera após a retomada dos trabalhos no Congresso que a CPI se reúna presencialmente para votar 62 quebras de sigilo e convocações, além de realizar o interrogatório de testemunhas e investigados nos casos de ofensa à honra de adversários políticos.

 

Líder do governo no Congresso, o senador Eduardo Gomes (MDB-TO) chegou a fazer uma questão de ordem contra a prorrogação, alegando um questionamento formal quando o funcionamento da CPMI durante a pandemia do novo coronavírus.