"Professora em comovente depoimento para o Presidente da República.PEÇO COMPARTILHAR", escreveu ele nas redes sociais. Essa foi mais uma oportunidade que o chefe do Executivo encontrou para alfinetar as medidas de restrições adotadas pelos governadores. A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) e o ministério da Saúde adotaram as orientações de isolamento horizontal.
“Vim aqui pedir para o senhor como mãe. Preciso voltar a trabalhar. Não tem condições da gente viver nessa situação. Vai faltar coisa para os meus filhos dentro da minha casa. Tô aqui pedindo para o senhor, põe esses militares na rua, põe pra esse governador. Já decretou de novo mais um mês sem aula, sem nada”, disse ela.
A mulher também comentou sobre o auxílio emergencial de R$ 600 que o governo oferecerá a trabalhadores informais para tentar amenizar os impactos econômicos da pandemia do novo coronavírus.
“Eu não quero dinheiro do governo. Eu quero trabalho, minha vida normal. Nós não queremos que o governo banque a nossa vida”. Bolsonaro seguiu calado, ouvindo a mulher.
Ela emendou: “É difícil para o senhor porque só tem gente para derrubar. Mas, o senhor tem o povo e eu faço parte dele. Eu tô aqui pedindo: põe esse Exército na rua, presidente, abre esse comércio. Sou professora e não estou podendo dar aula”, concluiu.
Bolsonaro então foi aplaudido ao dizer que sua fala traduzia o apelo de ‘milhares de brasileiros’: “Você pode ter certeza que a senhora fala por milhares de pessoas”.
A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL) criticou Bolsonaro pela postagem por meio das redes sociais. “Se o Sr não parar com essas postagens, os militares vão para a rua para retirar o Sr, com base no artigo 142 da Constituição Federal. Meu povo sofrendo e o Sr fazendo graça! Pelo amor de Deus, amadureça!”, escreveu.
A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL) criticou Bolsonaro pela postagem por meio das redes sociais. “Se o Sr não parar com essas postagens, os militares vão para a rua para retirar o Sr, com base no artigo 142 da Constituição Federal. Meu povo sofrendo e o Sr fazendo graça! Pelo amor de Deus, amadureça!”, escreveu.
Vídeo com fake news
A postagem do vídeo ocorre um dia depois de Bolsonaro publicar um vídeo de fake news. Quarta-feira (1/4) pela manhã, na tentativa de reforçar sua posição de ataque às medidas de isolamento, o presidente compartilhou nas redes sociais um vídeo com falsas informações em que um homem aparece na Ceasa, a Central de Abastecimento de Minas Gerais, em Contagem, afirmando que havia desabastecimento no local.
No entanto, a assessoria de comunicação da Ceasa garantiu que não havia a falta de produtos e seguia com abastecimento. Após cerca de 3 horas, Bolsonaro apagou os posts das redes sociais. No final da noite, pediu desculpas pela publicação. Em entrevista ao Datena, Bolsonaro disse que ‘não houve a devida checagem do evento’.
“Eu quero me desculpar. Não houve a devida checagem do evento. Pelo que parece, aquela central de abastecimento estava em manutenção. Então quero me desculpar publicamente. Foi retirado o vídeo rapidamente e acontece. A gente erra na notícia e eu tenho humildade em me desculpar sobre isso aí. Agora, em parte, tivemos contato com o Ceasa, o Ceagesp, em São Paulo, tem caído realmente o fluxo de entrada de alimentos. Espero que não caia mais do que já que caiu porque quando se fala em hortifruti até conversei com Tereza hoje se chegar ao ponto de haver interrupção da produção se leva de 60 a 90 dias para voltar a normalidade no tocante ao hortifruti e granjeiros”, apontou.
Pelo Facebook, Bolsonaro tornou a pedir desculpas sobre o assunto: "Foi publicado em minhas redes sociais um vídeo que não condiz com a realidade para com o Ceasa/MG.
- Minhas sinceras desculpas pelo erro.", escreveu. Junto à legenda, Bolsonaro postou um vídeo da real situação da CEASA, com movimento dos feirantes.