O ministro da Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse nesta quarta-feira (25) que os paÃses integrantes do Grupo dos 20 (G-20) devem focar os princÃpios de proteção à vida e aos empregos ao formularem medidas para a contenção do novo coronavÃrus, causador da covid-19. Segundo o chanceler, há um consenso formado entre os lÃderes do G-20 que iria "na mesma direção defendida pelo presidente Jair Bolsonaro".
"Nos trabalhos preparatórios para a videoconferência dos lÃderes do G-20 sobre coronavÃrus, a ser realizada amanhã (26), formou-se o consenso de que todos os governos devem trabalhar para proteger a vida dos cidadãos e, ao mesmo tempo, preservar o emprego, restaurar a confiança, permitir a retomada do crescimento econômico e reduzir as perturbações ao comércio. Desse modo, o G-20 (onde estão Brasil, EUA, China, Ãndia, Japão, europeus, Arábia Saudita, Coreia etc.) se orienta na mesma direção defendida pelo presidente Jair Bolsonaro", escreveu Araújo, em sua conta no Twitter.
Alguns paÃses integrantes do grupo, no entanto, vêm adotando medidas restritivas à circulação de pessoas. Os limites foram criticados nesta terça-feira (24) por Bolsonaro num pronunciamento em cadeia nacional de TV e rádio. Cidadãos do Reino Unido e da Ãndia, por exemplo, viram seus primeiros-ministros irem à público para pedir que fiquem em casa. Nesta terça-feira, o primeiro-ministro da Ãndia, Narendra Modi, estabeleceu um bloqueio total no paÃs, que tem 1,3 bilhão de habitantes.
Em carta aos membros do G-20, divulgada nesta quarta-feira, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, recomendou a criação de um "mecanismo de resposta articulado" ao coronavÃrus, que incluiria "testar, rastrear, fazer quarentena, tratar os doentes e coordenar medidas para restringir movimentos e contatos".