Correio Braziliense
postado em 21/03/2020 08:30
Um estudo global divulgado pela agência de comunicação Edelman mostra que em meio à pandemia de coronavÃrus os veÃculos da grande imprensa aparecem como a fonte de informações mais confiável para 64% das pessoas. Antes da crise de saúde que atinge todos os continentes, havia uma tendência de baixa credibilidade do jornalismo e das fontes de conhecimento, como a ciência.
O levantamento foi feito de 6 a 10 de março, antes das principais ações relacionadas à pandemia, como fechamentos de fronteiras e orientações de isolamento. Foram entrevistadas 10 mil pessoas da Ãfrica do Sul, Alemanha, Brasil, Canadá, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido (mil por paÃs) pela internet. Os brasileiros estão fora da tendência global: 64% dos entrevistados preferiam as informações nas redes sociais e 59% citaram os jornais e a Organização Mundial da Saúde (OMS).
"O comportamento dos brasileiros seguia uma tendência anterior à pandemia. Agora, do ponto de vista global, as principais organizações noticiosas têm quase duas vezes mais credibilidade do que a OMS ou autoridades sanitárias nacionais", informa a Associação Nacional de Jornais (ANJ).
Sete a cada dez entrevistados disseram estar acompanhando notÃcias sobre o coronavÃrus na mÃdia pelo menos uma vez por dia e 33% dizem que estão checando várias vezes ao dia. Entre os brasileiros, pouco menos de sete entre dez entrevistados disseram acompanhar o noticiário, com 26% checando várias vezes durante o dia.
O estudo também mostra uma preocupação mundial sobre fake news a respeito do coronavÃrus. Porcentual de 74% dos entrevistados têm essa preocupação em relação à s redes sociais - no Brasil, o medo chega a 85%. Jovens, diz o estudo, confiam igualmente nas mÃdias sociais (54%) e na mÃdia tradicional (56%), enquanto as pessoas com mais de 55 anos classificam a mÃdia tradicional como quase três vezes mais confiável do que as mÃdias sociais.
Os porta-vozes sobre o coronavÃrus, cientistas e médicos, contam entre os mais confiáveis, juntamente com funcionários da OMS. Entre os entrevistados, 85% afirmaram que querem ouvir mais os cientistas e menos os polÃticos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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