O governo brasileiro decidiu fechar as fronteiras com países da América do Sul em razão da epidemia do novo coronavírus. A restrição ocorre nas fronteiras terrestres e vale por 15 dias, podendo ser prorrogada. A medida vale para estrangeiros que tentem entrar em território nacional. Bolsonaro também falou sobre a medida e explicou que a fronteira com o Uruguai ainda não foi fechada porque ainda costuram acordo.
“São medidas que ajudam a prevenir um pouco da entrada de pessoas possivelmente infectadas no Brasil. Se bem que, o trabalho de todos os países no momento, é alongar a curva da infecção. Porque se for muito rápida, não temos meios de atendê-los nos hospitais, com equipamentos, com UTI's. Se bem que uma pequena parcela da população é que será sujeita a isso. Mais da metade, adquire o vírus e nem fica sabendo. Dessa outra metade que sobra, quase 80 e poucos por cento, segundo dados estatísticos aí, vão ter algum tipo de sintoma, apenas em torno de 5% e assim mesmo, num percentual menor disso, depois em cima disso, que pega os mais idosos, que vai ter algum problema mais grave”, apontou.
O presidente ainda emendou: “Nós, obviamente, estamos tomando todas as medidas cabíveis. O meu trabalho é não levar pânico à população brasileira.Então, fechamos a fronteira. A grande preocupação é a da Venezuela, na cidade de Pacaraima. É um fronteira seca e não é fácil você fechar uma fronteira dessa porque não tem ali acidente geográficos, não tem rios e fica difícil, mas vamos fazer o possível para cumprir esse papel, já que é uma determinação presidencial. Não fechamos apenas aqui com o Uruguai porque estamos em comum acordo buscando uma maneira de fazer aqui algo que interesse aos dois países e tenho certeza que com o novo presidente, esse acordo será muito bem costurado”, disse.
Ao comentar as mortes por coronavírus no Brasil – até o momento, sete confirmadas (5 em São Paulo e 2 no Rio de Janeiro) –, o presidente disse que “lamenta”. De acordo com dados mais recentes do Ministério da Saúde, o Brasil tem 621 casos confirmados da doença.
“Tivemos a sétima morte. A gente lamenta. Vou falar com o Ministério da Saúde para que todos os óbitos sejam disponibilizados. Entra aí o nome ali, se sofria de algum problema e até que ponto o vírus influenciou”, disse.
Ainda durante a transmissão, Bolsonaro criticou as medidas adotadas por alguns governadores para combater o novo coronavírus, como fechamento do comércio.
Segundo o presidente, tais medidas podem ser excessivas, prejudicando a economia e colocando em risco o emprego da população.
"O remédio, quando é em excesso, pode não fazer bem ao paciente", comparou. "A economia tem que funcionar. As pessoas vão ficar em casa e se alimentar do nada? Se falta emprego, falta pão em casa",. Entre os governadores que adotaram medidas como o fechamento do comércio está Ibaneis Rocha, do Distrito Federal.