Após a primeira morte por coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) parece ter baixado o tom antes adotado e anunciou nesta terça-feira (17) que se reunirá nesta quarta-feira (18) e concederá entrevista coletiva junto aos presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e da Câmara dos Deputados (DEM-RJ), Rodrigo Maia. De acordo com Bolsonaro, estão previstas duas coletivas: uma às 14h30 e outra às 20h30. O objetivo é mostrar que os poderes estão unidos para combater a doença, declarou.
"Independente do comitê de crise, todos os ministros, já há algum tempo estão trabalhando para enfrentar esse problema. A minha mensagem é pra que não se apavorem, nós vamos ter que passar por essa onda. Agora, se o pânico chegar no meio da população, tudo fica pior. Nós estamos preocupados com a questão humanitária, de vidas, mas também com a questão econômica", apontou. Em seguida, emendou: "Amanha por exemplo, o que está previsto amanhã, ás 14h30, estaremos a disposição da imprensa. Todos os meus ministros, nós vamos fazer uma breve explanação. Estaremos por uma hora à disposição de vocês. E está sendo costurado agora, algumas autoridades já foram contactadas, no total comigo são meia dúzia. Às 20h30 estaremos à disposição de vocês e daremos uma coletiva, Eu, Toffoli, Múcio, Aras, Alcolumbre e Maia. Para a gente demonstrar a todos voc%u1EBDs que estamos unidos para combater um bom combate na questão do bem comum que é a questão do vírus, que chegará como já chegou, mas não é motivo de pânico. Essa é a minha mensagem", disse. Segundo Bolsonaro, as duas coletivas deverão ocorrer no Palácio do Planalto.
Ainda ontem (16), Maia, Alcolumbre e Toffoli se reuniram com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta no STF, sem a presença de Bolsonaro. Eles discutiram medidas contra o coronavírus. O chefe do Executivo vem recebendo duras críticas por parte do Congresso por não ter seguido as orientações de isolamento ao aparecer em público no último dia 15 e por minimizar os impactos do novo Covid-19.
Ainda no Twitter, o presidente voltou a se manifestar sobre a doença e defendeu a união dos poderes contra a crise do coronavírus. "Superar este desafio depende cada um de nós. O caos só interessa aos que querem o pior para o Brasil. Se, com serenidade, população e Governo, junto com os demais poderes, somarmos os esforços necessários para proteger nosso povo, venceremos não só este mal como qualquer outro!", escreveu.