O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu a suspensão das sessões presenciais da Corte para evitar a disseminação do novo coronavírus. Até o momento, as medidas tomadas pelo presidente do Tribunal, Dias Toffoli, se concentram em restringir o acesso do plenário aos advogados das partes e ministros.
Além disso, o atendimento do restaurante e da biblioteca do prédio ao público externo foi suspenso. O risco, no STF, é maior para os integrantes do plenário. Dentre os 11 magistrados, apenas Toffoli e Alexandre de Moraes têm menos de 60 anos, o que de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) representa um risco a mais para os pacientes da Covid-19, doença causada pelo coronavírus que circula no mundo.
Em um primeiro encontro, a maioria dos ministros decidiu manter os trabalhos presenciais. No entanto, uma nova reunião administrativa deve ser realizada na quarta-feira (18/3) para tratar do assunto. Barroso defendeu o uso do plenário e o funcionamento restrito aos gabinetes.
“Minha posição é de que deveríamos trabalhar apenas nos gabinetes e em plenário virtual, sem sessões. Isso porque as sessões obrigam os advogados a se deslocarem, bem como a presença de ministros, servidores, jornalistas. Porém, estou seguindo a vontade da maioria. Mas vou insistir na minha proposta", disse.