O número de casos do novo coronavírus no Brasil continua a crescer, de acordo com o Ministério da Saúde. Novo boletim emitido pelo órgão, ontem, registrou 234 casos confirmados e 2.064 investigados. No balanço anterior, divulgado no domingo, eram 200 casos confirmados. Além do Distrito Federal, 15 estados têm registros: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Sergipe e Amazonas.
Entre os pacientes confirmados com Covid-19, 18 estão hospitalizados. Um deles é a primeira paciente diagnosticada com coronavírus no DF, que continua internada na UTI do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), em estado grave. O Brasil também registrou o segundo caso grave da doença. Trata-se de um médico de 65 anos internado na rede privada de saúde no Rio de Janeiro. O país ainda não registrou nenhum óbito pela doença. Outros 1.624 casos já foram descartados.
Até domingo, somente São Paulo e Rio de Janeiro registraram transmissão comunitária, que acontece quando não é possível mais identificar o vínculo epidemiológico de algum caso, ou seja, quando não é possível identificar a origem de um caso confirmado. De acordo com dados da pasta, Rio de Janeiro tem oito e São Paulo, 13. A maioria dos casos ainda é importada, ou seja, de pacientes que vieram de outro país. Há também alguns episódios de transmissão local nos seguintes estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. No total, são 80 casos de transmissão local no Brasil.
Uma das medidas para conter a transmissão do vírus é a contratação de médicos para reforçar o atendimento à população. Até ontem, primeiro dia de inscrições do programa Mais Médicos, cerca de 4.400 profissionais já tinham se inscrito, ou seja, 75% das 5.811 vagas ofertadas. Os novos médicos contratados serão distribuídos nos estados e municípios do país. Os profissionais com CRM Brasil podem se inscrever até as 18h de hoje.
O órgão ainda convocará médicos cubanos que foram desligados por causa da ruptura do programa entre Cuba e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Segundo o ministério, cerca de 1.800 profissionais daquele país poderiam ser convocados. “Inicialmente, vamos chamar os médicos brasileiros. Após a terceira chamada desses médicos é que os profissionais cubanos poderão ser chamados. Esses médicos deverão passar pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que avaliará a documentação deles e, após a aprovação desses documentos, entrarão no programa”, explicou o secretário executivo da pasta, João Gabbardo.
A expectativa é de que os novos médicos comecem a atuar no início de abril. Há ainda a previsão da convocação de estudantes que estiverem no último ano da graduação de medicina, enfermagem, fisioterapia e outros cursos relacionados à área da saúde, tanto da rede pública quanto da privada. Os estudantes serão voluntários e desempenharão atividades complementares à assistência. Profissionais da área da saúde já aposentados também podem ser convidados. (BL e MEC)