O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se reuniu na tarde desta segunda-feira (16) no Ministério da Economia com o ministro Paulo Guedes para discutir medidas contra a crise do coronavírus na economia do país. O encontro não consta na agenda oficial do presidente.
Mais cedo, Bolsonaro recebeu no Palácio do Planalto o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci Jr., que também o acompanhou no encontro na pasta.
Após pouco mais de uma hora, Bolsonaro deixou o local e informou apenas que 'grande parte das medidas abrange o setor hoteleiro, bares, restaurantes e turismo'.'
Salmucci, por sua vez, disse que a medida será anunciada ainda nesta segunda por Guedes. Sem dar maiores detalhes, ele informou que o setor de bares e restaurantes merecerá um 'cuidado especial'. Áreas de crédito e tributação serão contemplados.
"O governador Witzel pensa em fechar bares e restaurantes. Seria um colapso. Precisamos de medidas de apoio. Guedes entende a necessidade de uma ajuda especial vai chamar a iniciativa privada para estar junto. O fechamento não foi adotado em quase nenhum lugar. Onde foi adotado, Itália e França, lugares em que a gestão do governo, do poder público é atrasada e mal conduzida. Fechar não resolve. Estamos falando de uma população enorme de 6 milhões de pessoas trabalhando". Ele afirmou ainda que o movimento tem caído. " Aqui em Brasília, depois que Ibaneis soltou o decreto, no dia seguinte caiu 30%. As medidas açodadas tem sido muito ruins para o setor. O movimento em geral está caindo 15%. A expectativa é de que em abril, essa qieda seja da ordem de 30%," apontou.
Bolsonaro voltou a descumprir a orientação de ficar em quarentena após ter contato com o secretário Fabio Wajngarten, infectado pelo coronavírus. Ele despacha do Palácio do Planalto. No final da tarde, há a ainda a previsão de uma reunião ministerial que discutirá, entre outras medidas, o possível fechamento da fronteira.