Simpatizantes do governo Bolsonaro ignoraram o cancelamento de eventos no Distrito Federal e foram à Esplanada dos Ministérios neste domingo (14/3) se manifestar a favor do presidente da República. Além da capital federal, há protestos também nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG).
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) informou que faz a segurança da manifestação e que o decreto do GDF limitou apenas os eventos esportivos e aqueles que dependem de Licenciamento do Poder Público. "Eventos familiares, espontâneos ou manifestações não dependem de licenciamento, por isto, estão fora das limitações do Decreto", esclareceu.
Em Brasília, apoiadores do presidente se concentraram em frente ao Museu Nacional e um carro de som comanda a manifestação. Ainda não há estimativa de quantas pessoas estão no local. Os manifestantes negam que o protesto seja contra as instituições, mas criticam os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Na semana passada, Bolsonaro pediu para que as manifestações fossem adiadas por causa do sinal de alerta provocado pelo coronavírus no Brasil. No entanto, na manhã deste domingo, o presidente passou a incentivar os protestos nas redes sociais. Ele postou, em sua página no Twitter, imagens dos atos a favor do governo em diversas cidades. No Facebook, Bolsonaro compartilhou uma transmissão ao vivo de uma manifestação em Brasília. "Devemos lealdade ao povo brasileiro", registrou.
Belo Horizonte
O tom dos manifestantes em Belo Horizonte é o mesmo adotado por apoiadores depois da desconvocação do governo. Algumas mensagens com as #DesculpaJairMasEuVou e #DesculpaJairMasEuVouDia15 foram publicadas nas redes sociais e são refletidas no ato.
Um dos movimentos direitistas de Minas Gerais, o Direita Minas seguiu a recomendação de Bolsonaro. “Por orientação do presidente Jair Bolsonaro, em respeito à sua posição, não participaremos da organização das manifestações do dia 15. Agradecemos a compreensão de todos”, diz a nota.