Politica

Após suspensão do debate, votação da MP 905 tem poucos avanços

Isso porque, parlamentares precisaram de suspender os debates diversas vezes em busca de consentimento

Marcada para esta quarta (11/3) e com expectativa de votar o texto do relator e mandar a matéria para o plenário, a sessão da Comissão Mista da Medida Provisória n° 905, de 2019, que debate o chamado Contrato de trabalho verde e amarelo teve poucos avanços. Isso porque, parlamentares  precisaram de suspender os debates diversas vezes em busca de consentimento. Por volta de 12h, quando parecia firmada uma negociação, a mesa diretora do plenário do Senado expediu uma ordem suspendendo todas as comissões, menos a Mista de orçamento (CMO).

Os deputados voltaram a discutir se haveria , regimentalmente, validade ou não da continuidade dos trabalhos sob a determinação e, sem uma resposta, o presidente do colegiado, o Senador Sérgio Petecão (PSD-AC) determinou mais uma vez a suspensão dos trabalhos e, em seguida, a suspensão da sessão até às 14h. Na sessão corrida, deputados e senadores votaram a exclusão dos destaques, exceto cindo, e o senador Paulo Paim (PT-RS) e o deputado Bira do pindaré (PSB-MA) leram seus votos em separado.

Paulo Paim sugeriu uma série de mudanças. Dentre elas, que o programa fosse financiado pela União, e não pela Previdência, para não retirar o benefício de outros trabalhadores, que haja liberação aos domingos e feriados e, também, que ficasse garantida a eficácia da fiscalização. Já Bira destacou que o projeto era complexo, misturava assuntos, retirava direitos trabalhistas, teve 1.930 emendas apresentadas, “o que demonstra a insatisfação da oposição e, até mesmo, de governistas”, e chamou o programa de pouco eficiente.

O relator, deputado Christino Áureo (PP-RJ), defendeu que o debate foi mais que suficiente. “A gente tem essa versão definitiva do relatório que vai entrar em votação tão logo reabrir a sessão e, de maneira democrática, foi negociada a possibilidade dos destaques que foram, inclusive, lidos pelo presidente, em número de seis, e que serão apreciados tão logo votado o relatório”, destacou.

“Quando a gente apresenta o relatório, temos as convicções do que julgamos que seria a incorporação das contribuições vinda dos parlamentares, outras de audiências públicas, e acredito que a votação dos destaques, respeitando a vontade do plenário, mas vou sempre encaminhar na defesa do relatório. É nele que estão as minhas convicções e as da maioria da composição da comissão”, afirmou o relator.