"Durante o ano que se passou, obviamente, temos um momento, uma crise, uma pequena crise. No meu entender, muito mais fantasia, a questão do coronavírus, que não é isso tudo que a grande mídia propala ou propaga pelo mundo todo”.
Ainda ontem (9), Bolsonaro já havia dito que as notícias sobre a doença estavam "superdimensionadas." “Tem a questão do coronavírus também, que, no meu entender, esteja sendo superdimensionado o poder destruidor desse vírus. Talvez esteja sendo potencializado por questões econômicas”, afirmou, sem especificar.
O chefe do Executivo também comentou a queda brusca nas bolsas de valores mundiais e a queda no preço do barril de petróleo. Para ele, seria um problema se o preço do produto tivesse subido.
“Alguns da imprensa conseguiram fazer de uma crise a queda do preço do petróleo entendo que é melhor cair 30% do que subir 30% do preço do petróleo. Mas isso não é crise. Obviamente, problemas na Bolsa, isso acontece esporadicamente. Como estamos vendo agora há pouco, as Bolsas que começam a abrir hoje já começam com sinais de recuperação", apontou Bolsonaro.
Combustíveis
Na saída do evento, o chefe do Executivo ressaltou que não aumentará o tributo federal sobre combustíveis, a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), para compensar uma possível queda e estabilizar o preço da gasolina.
"Não. Zero, zero, não existe isso [aumentar a Cide]. A política que a Petrobras segue é a de preços internacionais, então a gente espera, obviamente, não como presidente mas como cidadão, que o preço caia nas refinarias e seja repassado pelo consumidor na bomba”, disse.
Acordo de livre-comércio
Segundo Bolsonaro, foi dado o primeiro passo para o acordo de livre-comércio entre Brasil e Estados Unidos durante encontro no fim de semana com o presidente norte-americano, Donald Trump, na Flórida.
“Conversamos sábado com Trump. Discutimos questões pontuais, como é do interesse americano, etanol e carne porco. Pedi para ele para que nós deixássemos questões pontuais e discutíssemos de forma mais ampla. Ele concordou. Então nossas assessorias vão começar a discutir livre comércio mais amplo com EUA."
Fraude eleitoral
Reforçando a afirmação de que ganhou as eleições em primeiro turno, e que tem provas de fraudes no sistema de votação, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desafiou um grupo de jornalistas em Miami. Questionado sobre a afirmação dada ontem (9), Bolsonaro apontou. "Olha, quero que você me ache um brasileiro que confia no sistema eleitoral brasileiro. Espero que você ache um brasileiro que confia no processo eleitoral brasileiro”. O chefe do Executivo, no entanto, não deu maiores informações sobre o assunto.
Questionado se confiava na justiça eleitoral, o presidente se mostrou chateado e aumentou o tom de voz: “Não é na justiça. Não deturpem minhas palavras, tá ok? Não façam essa baixaria que a imprensa faz sempre comigo. Não é a justiça.” Ao ser perguntado se apresentaria as provas, ele encerrou a entrevista.
Na segunda-feira (9/3), em viagem aos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que ganhou as eleições em primeiro turno, e que tem provas de fraudes no sistema de votação.
“Eu acredito pelas provas que tenho nas minhas mãos, que vou mostrar brevemente. Eu fui eleito em primeiro turno, mas no meu entender houve fraude. Tá? Nós temos não apenas uma palavra… Nós temos comprovado, brevemente eu quero mostrar, porque nós precisamos aprovar no Brasil um sistema seguro de apuração de votos. Caso contrário, passível de manipulação e de fraudes. Então acredito até aquele dia que eu tive muito mais votos no segundo turno do que se poderia esperar e ficaria bastante complicado uma fraude naquele momento”, disse ele, sem apresentar qualquer tipo de documento.