Politica

Alcolumbre a Bolsonaro: Congresso não vai tolerar ataques à democracia

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o presidente Jair Bolsonaro se encontraram no Palácio do Planalto nesta segunda-feira

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, se reuniu na tarde desta segunda-feira (2/3) com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. O encontro não constava inicialmente na agenda oficial de ambos, sendo incluído durante a tarde.

Segundo interlocutores, o objetivo de Alcolumbre com o encontro foi o de externar o descontentamento sobre manifestações que podem ser interpretadas como ataques à democracia por parte de Bolsonaro e integrantes do Palácio do Planalto. Ainda segundo essas fontes, Alcolumbre diria que esse tipo de postura não será mais tolerada pelo Congresso.

A queixa do presidente do Senado é motivada por alguns episódios recebentes, como o do último dia 19, em que o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, foi filmado dizendo que o Congresso "chantageiia o governo".

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A crítica se referia à insatisfação do militar com um acordo entre deputados e senadores e o general Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo, a respeito da execução de emendas parlamentares ao orçamento. 

Além disso, a notícia, na semana passada, de que Bolsonaro usou seu WhatsApp pessoal para enviar mensagens que conclamam pessoas a saírem às ruas em defesa de seu governo repercutiu mal entre parlamentares. Marcada para 15 de março, o protesto possui teor anti-Congresso e STF. Alcolumbre ainda não havia conversado com o presidente desde os ocorridos.


Orçamento impositivo

Também foi tratada a questão do orçamento impositivo. O chefe do Senado defende a manutenção do acordo de R$ 30 bilhões.  Na mesma reunião, participaram ainda Paulo Guedes, Ministro da Economia; Luiz Eduardo Ramos, Ministro-Chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República e o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB/PE), líder do Governo no Senado Federal.

Mais cedo, o chefe do Executivo recebeu Yossi Shelley, Embaixador de Israel no Brasil e o ministro da segurança, Sergio Moro.

Com informações da Agência Estado