Bolsonaro no STF
A área jurídica do governo já estuda uma ação direta de inconstitucionalidade para tentar retomar o controle de, pelo menos, parte do Orçamento da União. Essa é a saída para o caso de o Poder Executivo ser derrotado quando os vetos à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) forem analisados no plenário do Congresso. O presidente Jair Bolsonaro não quer ver seus ministros de pires na mão no parlamento, implorando por recursos para execução de obras em andamento enquanto o relator do Orçamento, o deputado Domingos Neto, terá plenos poderes sobre a destinação de recursos, este ano na ordem de R$ 30 bilhões, e com liberação obrigatória.
O pior dos cargos I
É bom o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, se benzer. Nas coxias do Planalto, começam a atribuir a ele a perda de poderes do governo em relação ao Orçamento, da mesma forma que colocam no colo dele a tentativa de troca do líder do governo. A turma de Ramos avisa que é pura intriga.
O pior dos cargos II
Desde os tempos do ex-presidente Lula é assim. O ministro responsável pela articulação política sempre leva a culpa da maioria das derrotas do governo. No governo Lula, quem mais sobreviveu nesse cargo de articulação política — antes se chamava secretaria de Relações Institucionais — foi o atual presidente do Tribunal de Contas da União, José Múcio Monteiro.
O pior dos cargos III
Dilma Rousseff extinguiu o cargo e colocou a articulação política na Secretaria de Governo, comandada por Ricardo Berzoini. A mudança de nome e de sala não resolveu o problema. Em dois anos de governo Michel Temer, foram três ministros. O primeiro, Geddel Vieira Lima, caiu por malfeitos e terminou na cadeia. Bolsonaro, em um ano, está no segundo ministro.
Qualquer semelhança…
… É mera coincidência, mas nem tanto. O primeiro ministro de Dilma a cuidar da articulação política foi Luiz Sérgio, do PT do Rio. Ficou seis meses no cargo. Santos Cruz, o de Bolsonaro, idem.
CURTIDAS
“Isso não é conduta de polícia”/
De volta do Ceará, o senador Major Olímpio (PSL-SP), na foto, divulgou um vídeo nas redes sociais para discordar de “policiais encapuzados feitos bandidos black blocs, viaturas depredadas”. Alerta os policiais em greve sobre “falsas lideranças” que, escudadas nos mandatos, têm salário e não estão com a posição em risco. “Pior do que um salário ruim, é não ganhar nada e ainda ter (que viver com) o preconceito de ter sido expulso da Polícia Militar.”
Hora do teste/
São muitos os políticos que aproveitam o carnaval para conferir a popularidade. Até o presidente Jair Bolsonaro, que pretende manter distância das eleições deste ano. Pelo menos, nesses primeiros dias de carnaval, aqueles que tentaram a sorte ao lado do povo não se arrependeram.
Olho nele/
Correndo por fora na disputa pela Presidência da Câmara, o vice-presidente da Casa, deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP), vai silenciosamente ganhando terreno enquanto muitos acompanham a guerra fria entre os deputados Aguinaldo Ribeiro e Arthur Lyra dentro do PP.